domingo, 28 de janeiro de 2018

O PRUMO DE HIRAM: Quando surgiram os pilares, colunas e candelabros, na maçonaria?

INTRODUÇÃO: Com a diversidade de ritos praticados no Brasil e a falta de informação sobre alguns elementos que compõem o interior de nossas lojas maçônicas, aliado a definições equivocadas dos criadores de simbolismo sem fontes concretas para apoiar seus argumentos, muitas dúvidas surgem sobre a origem e localização dos pilares, dos globos que encimam estes, assim como os candelabros e etc. Sendo assim, fomos buscar a origem destes elementos, chegando em nossas pesquisas, até Harry Carr, um dos pesquisadores que muito contribuiu para as publicações da famosa loja de estudos ARS Quatuor Coronatorum. Com base em suas pesquisas, segue abaixo o que a história nos conta, de acordo com a documentação ainda preservada. PILARES: Uma das explicações sobre os pilares: “…os dois grandes pilares foram colocados na entrada, no lado sul. . . eles eram ocos, para melhor servir como arquivos para a Maçonaria, pois ali foram depositados os rolos constitucionais… Esses pilares foram adornados com dois capitéis… [e] … com duas esferas onde foram delineados, mapas dos globos celestiais e terrestres, indicando a Maçonaria universal”. OS PRIMEIROS DOIS PILARES NA MAÇONARIA : A aparição dos dois primeiros pilares na literatura maçônica, é descrita na história lendária que faz parte do Manuscrito Cooke (1410) e muitas versões posteriores de manuscritos chamados de Old Charges. A história diz que os pilares foram feitos pelos quatro filhos de Lamech, de modo que resistissem a temida destruição do mundo por fogo ou inundação. Um dos pilares era feito de mármore, o outro de “latrus” (uma espécie de tijolo de argila seca), porque o mármore não seria destruído pelo fogo e o de “tijolo” não seria destruído pela água. Eles foram criados como um meio de preservar “as ciências conhecidas”, que teriam sido esculpidas ou gravadas nos dois pilares. Esta lenda remonta aos primeiros escritos apócrifos e, ao longo dos séculos, surgiu uma série de variações nas quais a história dos pilares indestrutíveis permaneceu bastante constante, embora sua construção tenha sido atribuída a diferentes heróis. Assim, Josefo atribuiu-os a Seth, enquanto outra versão apócrifa diz que eles foram construídos por Enoque. Por algum motivo, não explicado com facilidade, as primeiras constituições maçônicas favorecem os filhos de Lamech como os protagonistas desta antiga lenda, que foi incorporada nos textos para mostrar como todas as ciências conhecidas foram preservadas para a humanidade por esta prática inicial do trabalho de pedreiros. Observamos que nos primeiros manuscritos maçônicos, os pilares não aparecem como tendo conexão com o Templo de Salomão, ligação está que surge algum tempo depois. Nos séculos XIV e XV, os dois pilares de Salomão não tinham nenhum significado especial para o artesão pedreiro (maçom). : A primeira aparição dos pilares de Salomão no ritual maçônico está no Manuscrito Edinburgh Register House, de 1696, em um catecismo associado à “Palavra do Maçom”. A primeira referência conhecida da “Palavra do Maçom” aparece em 1637, em um registro feito pelo Conde de Rothes (Escócia), e embora nenhum tipo de cerimônia seja descrito nesse registro, é razoável supor que a “Palavra do Maçom” já era uma prática conhecida naquela data. O Edinburgh Register House é o documento sobrevivente mais antigo que descreve o procedimento real das cerimônias. O texto está em duas partes. Uma seção, intitulada “A forma de dar a palavra do maçom”, que descreve o procedimento para a admissão de um aprendiz ingressado, incluindo cerimônias para assustar o candidato, um juramento, uma forma de “saudação” e certos modos físicos de reconhecimento. Há também um procedimento separado e similar para o “mestre maçom ou companheiro do ofício”. (Apenas dois graus eram conhecidos naquele momento). A segunda parte deste texto é um catecismo de dezesseis perguntas e respostas, quinze para Aprendiz e mais dois para o Mestre ou Companheiro. É provável que essas questões, juntamente com o juramento, representem o todo o “trabalho falado” das cerimônias naquela época. As perguntas são de dois tipos: 1 – Perguntas de teste para fins de reconhecimento. 2 – Perguntas informativas para fins de instrução e explicação. Entre estes, encontramos pequenas dicas do início do simbolismo maçônico. Uma questão do catecismo de 1696, e em seis dos textos que surgiram logo depois, é a seguinte: Onde surgiu a primeira loja? No pórtico do Templo de Salomão. O livro de I Reis 7:21, nos informa que o pórtico do Templo de Salomão tinha duas colunas, a da direita com o nome de Jaquim e a da esquerda com o nome de Boaz. Neste capítulo (I Reis 21), inclusive, temos informações muito importantes sobre como estavam dispostos diversos elementos que compunham o Templo de Salomão. O Manuscrito Edinburgh Register House é um texto completo, ou seja, nenhuma parte foi perdida ou retirada por mais de 320 anos, desde que foi escrito em 1696. De fato, existem vários textos relacionados nos vinte anos posteriores, o que demonstra amplamente a sua integridade. Vale ressaltar que, em todo esse grupo de textos, os dois pilares anteriores, construídos pelos filhos de Lamech, simplesmente desapareceram. Apenas em um documento eles são mencionados. No Manuscrito Dumfries Nº 4, de 1710, que é um documento escocês composto por 15 folhas de pergaminho costuradas, onde diversas partes ficaram ilegíveis ou apagadas, em sua primeira parte, tem a referência aos quatro filhos de Lamech e seus dois pilares, e no catecismo, os pilares são novamente mencionados: Onde a nobre arte ou ciência foi encontrada quando se perdeu? Foi encontrada em dois pilares de pedra, um que não afundaria, o outro que não queimaria. Isto é seguido por uma longa passagem de interpretação religiosa, dizendo que Salomão nomeou seus próprios dois pilares em referência a “duas igrejas de judeus e pagãos”. O curioso é que se cita os dois conjuntos de pilares no mesmo manuscrito, os pilares de Lamech e os pilares de Salomão. Isso sugere que quando as cerimônias foram moldadas para conter as colunas B e J de Salomão, o par “indestrutível” anterior foi abandonado. Logo após a sua primeira menção nos antigos textos rituais, estes dois pilares tornaram-se uma parte regular do “mobiliário” da loja, e é possível rastreá-los desde a sua primeira aparição até o lugar atual na loja, como segue: (1) Sua primeira aparição como parte de uma questão no catecismo, com muita evidência de que eles tinham algum significado esotérico. Os primeiros catecismos são particularmente interessantes a este respeito, porque indicam que ambos os nomes dos pilares de Salomão pertenciam à cerimônia de Admissão do Aprendiz. (2) Eles foram desenhados no chão da loja em giz e carvão, formando parte das primeiras versões dos nossos modernos “Painéis”. Em dezembro de 1733, as atas da Old King’s Arms Lodge nº 28, registram o primeiro passo para a compra de um “Tecido de chão”. Os “Desenhos” no chão da loja, são registrados nas atas da Old Dundee Lodge nº18, a partir de 1748. A Herault Letter de 1737 descreve o “Desenho”, e as exposições francesas posteriores, a partir de 1744, contêm excelentes gravuras que mostram os dois pilares (marcados com J e B) nos desenhos de Aprendiz e Companheiro. (3) Entre 1760 e 1765, várias exposições inglesas indicam que os Vigilantes tinham, cada um, uma coluna representando um dos Pilares, como parte de seu equipamento pessoal na loja. O parágrafo a seguir é um exemplo: “Os Wardens (Vigilantes) têm cada um deles uma Coluna em sua mão, com cerca de vinte polegadas de comprimento, o que representa as duas Colunas do Pórtico do Templo de Salomão, Boaz e Jachin. O Senior (1º Vigilante) é Boaz ou Força. O Junior (2º Vigilante) é Jachin ou Estabilidade”. (Três Batidas Distintas, 1760). (4) Finalmente, os dois pilares aparecem como móveis bonitos, talvez de quatro a oito pés de altura, permanecendo normalmente no extremo ocidente da sala da loja. As primeiras descrições do layout da loja nos anos 1700, mostram ambos os Vigilantes no ocidente, de frente para o Presidente da Loja. Os dois pilares foram geralmente colocados perto deles, formando uma espécie de portal, de modo que os candidatos passariam entre eles em sua admissão. Interessante citar que as lojas que se reuniam em locais alugados, como quartos, hospedarias ou tabernas, não tem registro de tais colunas em seus inventários, já as lojas mais ricas, com local próprio e os “Masonic Halls”, já constam as colunas como parte do mobiliário. Então, nós rastreamos os dois pilares desde sua primeira aparição, como parte de uma questão no ritual, através de vários estágios de desenvolvimento, até que eles se tornaram uma característica proeminente dos móveis da loja. Mas as práticas modernas não são uniformes em relação aos pilares. Em Londres, por exemplo, há muito poucas lojas que possuem os pilares B e J como uma coluna no interior da loja, mas elas são sempre retratadas no painel do grau de Companheiro, além de aparecer em miniatura nos pedestais dos Vigilantes. CAPITÉIS, DECORAÇÕES E GLOBOS: As descrições bíblicas dos pilares de Salomão originam muitos problemas, especialmente no que se refere às suas dimensões e ornamentação. Para nós, os capitéis, decorações ou globos que os encimam, são de particular interesse, por causa do desenvolvimento dos rituais durante o século XVIII. Neste problema em particular, uma grande parte depende da interpretação do texto original em hebraico. Os capitéis aparecem em 1 Reis, VII, 16: “…e ele fez dois capitéis…”. A palavra é Ko-thor-oth = capitéis ou coroas. Mais tarde, no versículo 41, sem mencionar outras obras, o texto fala de “…as duas colunas e os globos dos capitéis…”. O hebraico lê Gooloth Ha-ko-thor-oth, e a palavra Gooloth é um problema. Goolah (singular) significa uma bola ou globo; também, uma tigela ou vaso, e várias formas da mesma raiz são usadas de forma bastante livre para descrever algo redondo ou esférico. Nossos contatos com painéis modernos, nos acostumaram com a idéia de que os dois pilares de Salomão foram encimados por capitéis, com um globo descansando em cada um, mas isso não está comprovado. Os primeiros tradutores e ilustradores da Bíblia não foram unânimes sobre este ponto, e os vários termos que eles usaram para descrever os capitéis e etc., mostram que eles não estavam absolutamente certos quanto à aparência dos pilares. Para dar um exemplo, a Bíblia de Genebra, de 1560, uma Bíblia ilustrada muito bonita e popular, que forneceu a interpretação de alguns dos nomes próprios e parece ter sido muito usada pelos homens que moldaram o ritual maçônico. Em Reis, VII, v.16, “…e ele fez dois capitéis…”, há uma nota de rodapé, “Ou pommels”, ou seja, de características globulares. Nesta fase, a Bíblia de Genebra indica claramente que os capitéis eram globos ou esferas, e não as cabeças em forma de coroa para os pilares, como entenderíamos ser.
Ilustração do Templo de Salomão – Bíblia de Genebra – 1560. Entre as ilustrações deste capítulo da Bíblia de Genebra, existem várias gravuras interessantes do Templo e seus equipamentos, incluindo um esboço de um pilar, superado por um capitel raso, com um globo ornamental no topo. Uma nota marginal para esta ilustração diz “A altura do capitel ou bola redonda sobre o pilar de cinco côvados…” Então o capitel era uma bola redonda. Em II Crônicas, IV, v.12, a mesma Bíblia dá uma nova interpretação “… dois pilares, e os globos, e os capitéis no topo dos dois pilares…”. Aqui é evidente que os “globos” e os “capitéis” eram duas características separadas. Quer se incline para vasos ou globos, existe ainda outra interpretação que excluiria ambos. Os relatos em ambos os livros de Reis e Crônicas, referem-se à decoração da romã que foi anexada aos “globos” ou capitéis (I Reis, VII, v. 41, 42 e II Crônicas, IV, v. 12, 13) e, a partir dessas passagens, é uma inferência perfeitamente apropriada que os capitéis fossem “em forma de tigela”, e que não haviam vasos nem globos acima deles. Embora os globos fossem finalmente adotados em móveis e decorações maçônicas como peças chave para os Pilares de Salomão, eles chegaram muito devagar, e durante uma grande parte do século XVIII não havia uniformidade de prática nesse ponto. O Trahi, uma das primeiras exposições francesas, contém várias gravuras que pode ser u, “Painel” de uma Loja de Recepção; na verdade, eles são Painéis para o 1º e 2º graus combinados, e outro para o terceiro grau. O Painel do Aprendiz contém ilustrações dos dois pilares, marcados com as letras J e B, ambos os pilares na arquitetura Corinthian. Há também, entre uma enorme coleção de símbolos, um rascunho que é descrito no Índice como uma “esfera armilar”, uma espécie de globo usado na astronomia para demonstrar os cursos das estrelas e dos planetas. A Lodge of Probity nº 61, Halifax (fundada em 1738), estava em declínio sério em 1829, e um inventário de suas posses foi registrado naquele momento. Um item se lê: “Caixa com Globos e Suportes”. A Phoenix Lodge nº94, Sunderland (fundada em 1755), tem um par de globos do século XVIII, cada um montado em três pernas, de pé à esquerda e à direita do pedestal do mestrado. All Souls ‘Lodge, no 170 (fundado em 1767), teve até 1888 um belo par de globos, cada um montado em uma base de tripé, claramente do estilo do século XVIII, similarmente colocado à esquerda e à direita do Venerável Mestre. A Lodge of Peace and Unity nº314, Preston (fundada em 1797), em um recente esboço de sua sala da loja, mostra um par de globos em suportes de três pernas, colocados no chão da loja, à esquerda e a direita, um pouco a frente do 1º Vigilante. Entre a coleção única de equipamentos de lojas conhecida como “Bath Furniture”, há um par de globos, “celestiais e terrestres”, em suportes de quatro pernas e as atas que foram apresentados a Royal Cumberland Lodge em 1805. É interessante observar que o equipamento também inclui um belo par de pilares de latão, cada um com cerca de 5 pés e 9 cm de altura, como sempre no ocidente, e cada um deles encimado por uma grande tigela de latão. Estes datam do final do século XVIII. Neste caso especialmente, como em todos os casos citados anteriormente, não há evidências de globos em cima dos pilares de B e J. O frontispício das Constituições de Nooryouck de 1784 é um desenho simbólico em que a parte arquitetônica representa o interior do então Free Masons Hall. Ao pé da imagem, em primeiro plano, há uma mesa longa com várias ferramentas e símbolos maçônicos, com dois globos em suportes de tripé e a descrição da imagem refere-se a “…Globos e outros Móveis Maçônicos e Implementos da Loja”.
Os Globos apoiados em suportes de tripés, sobre a mesa. Tudo isso sugere que os globos começaram a desempenhar algum papel na loja ou no ritual, embora ainda não estivessem associados aos pilares. Mas, mesmo depois de os globos ou tigelas terem começado a aparecer nos pilares, ainda havia dúvidas consideráveis ​​sobre o que estava correto. Isso é particularmente notável nos primeiros painéis e em aventais decorados, alguns com “vasos” e outros “globos”. Resumindo: (1) No período de nossos primeiros documentos rituais, 1696 a 1730, não há evidências de que os globos formaram parte do catecismo ou do ritual, e é razoavelmente certo que eles eram desconhecidos como parte do mobiliário das lojas. (2) Por volta de 1745, é provável que a esfera ou o globo tenham sido introduzidos como um dos símbolos nos “desenhos de chão” ou nos Painéis. Não há evidências para mostrar que apareceu nos catecismos. Existem vários catecismos altamente detalhados pertencentes a esse período, 1744 e mais tarde, mas os globos não são mencionados em nenhum deles. A aparência da esfera na exposição de 1745 é a única evidência que sugere que ela tenha desempenhado algum papel nas explicações mais ou menos importantes do simbolismo, que provavelmente entrou em prática neste tempo ou pouco depois. (3) Nos anos 1760 e 1770, as Colunas de Salomão com globos, aparecem frequentemente em ilustrações de equipamentos de loja e em aventais, mas não há uniformidade de prática. Em algumas lojas (como vimos e veremos abaixo), os globos já eram uma parte reconhecida do mobiliário da loja; Em outro lugar, eles encimam os pilares, e provavelmente eram “explicados” nas “instruções da loja”. Em outros lugares, os globos eram praticamente desconhecidos. MAPAS: MAÇONARIA UNIVERSAL: A tradição de que os globos dos Pilares de Salomão estavam cobertos de mapas celestiais e terrestres é certamente pós-bíblica, e parece ser uma parte do enfeite do ritual no século XVIII. Podemos nos perguntar como esse interesse em mapas terrestres e celestiais surgiu e parece não haver resposta segura. Os catecismos iniciais, de 1700 a 1730, todos indicam um crescente interesse no assunto, como por exemplo: Quão a altura de sua loja? …chega ao céu …o céu material e o firmamento estrelado. Quão profundo? …ao centro da Terra. Há também as questões mais relacionadas ao Sol, Lua e o Mestre Maçom, com variações e expansões subsequentes. Estas questões pode ser que sejam as primeiras indicações para o interesse posterior em mapas, e a esfera armilar de 1745, citada acima, leva o assunto a um novo estágio. A Summons of the Old Dundee Lodge, datado de 1717, mostrou três pilares, dois deles encimados por globos que retratam mapas do mundo e o firmamento. Um certificado emitido pela Lodge of Antiquity em 1777 exibia, um par semelhante de mapas. Uma edição de 1768 de Jachin and Boaz tem um frontispício gravado que mostra os móveis e os símbolos da loja, incluindo dois pilares superados por globos – um com marcas de mapa bastante vagas e o outro claramente marcado com estrelas. Os vários conjuntos de globos geográficos em pares descritos acima (não “globos-pilares”), indicam um profundo interesse maçônico nos globos celestial e terrestre durante o século XVIII. Preston, em suas “Ilustrações da Maçonaria”, edição de 1775, na seção que trata das Sete Artes e Ciências Liberais, falou um pouco sobre os globos e sobre a importância da astronomia e, claro, sobre as lições espirituais e morais a serem aprendidas deles. Tudo isso parece sugerir que os mapas começaram a aparecer neste momento, nas partes verbais do ritual. A introdução de mapas, “celestiais e terrestres”, levou a um desenvolvimento adicional que acabou por dar à Maçonaria, uma expressão que se tornou uma espécie de marca da Maçonaria em todos os lugares. A primeira sugestão dessa expressão apareceu na “L’Ordre des francs-maçons Trahi”, em 1745, que acrescentou uma nova pergunta a essas passagens do catecismo: E sua profundidade? Da Superfície da Terra ao Centro. Por que você responde assim? Para indicar que os Maçons estão espalhados por toda a Terra, e todos juntos formam, no entanto, apenas uma Loja. Em 1760, o Três Batidas Distintas (o ritual dos Antigos) alterou a resposta final de forma muito eficaz: Por que sua Loja é dita da Superfície ao Centro da Terra? Porque a Maçonaria é Universal. Foi assim que adquirimos o slogan “Maçonaria Universal”. Entretanto, o primeiro texto que indica claramente os mapas como parte do ritual é o Browne’s Master Key, datado de 1802, com referência à “…os globos celestes e terrestres”. OS PILARES COMO ARQUIVOS: Os relatos bíblicos do modelo dos pilares não fazem menção de serem vazados, embora isso possa ser deduzido do fato de que, se tivessem sido sólidos, sua remoção de Zeradatha e sua construção final em Jerusalém, teria sido uma façanha excepcional da engenharia. Em Jeremias 52 v.21, se afirma que eles de forma oca, o metal tinha a espessura de “quatro dedos”, mas não há nenhuma sugestão de que isso foi feito para que os pilares possam servir como “arquivos”, ou recipientes de qualquer tipo, ou que Salomão os usou, armazenando os rolos constitucionais. Sem dúvida, a definição dos pilares vazios, foram projetados para atender a um propósito peculiarmente maçônico. TRÊS LUZES, TRÊS PILARES, TRÊS CANDELABROS: Dezessete documentos maçônicos sobreviveram, datados de 1696 a 1730, e fornecem a base para o nosso estudo da evolução do ritual. O primeiro deles é o Edinburgh Register House, datado de 1696, com uma descrição valiosa do sistema de dois graus daqueles dias. O último da série é o Maçonaria Dissecada, que contém o ritual mais antigo dos três graus, e a versão mais antiga da legenda de Hiram. Em todos esses textos iniciais, o ritual era principalmente na forma do catecismo, e nós fazemos uma idéia do seu desenvolvimento durante esses trinta e cinco anos quando comparamos esses dois documentos. O primeiro contém quinze perguntas e respostas para a Aprendiz, e duas para o “Mestre ou Companheiro”. O Maçonaria Dissecada tem 155 questões ao total, ou seja, noventa e dois para Aprendiz, trinta e três para Companheiro e trinta para o Mestre Maçom. TRÊS LUZES: Doze dos rituais mais antigos contêm uma pergunta sobre as “luzes da loja”: “… Há luzes na sua loja, sim três…” [Edinburgh Register House, 1696]. As luzes logo adquirem um personagem simbólico, mas originalmente eram provavelmente velas ou janelas, com posições específicas atribuídas a eles, por exemplo, “NE, SW e passagem do oriente”, ou “SE, S e SW”, e etc., até chegar ao Maçonaria Dissecada em 1730, que diz que as luzes são três janelas no E (Leste), S (Sul) e W (Oeste) e seu objetivo é “Para iluminar os Homens para, e em seu trabalho”. M. Dissecada distingue entre luzes simbólicas e “luzes fixas”, explicando que estas são “grandes velas colocadas em altos castiçais”. Simbolicamente, vários textos dizem que as luzes representam “o Mestre, o Vigilante e o Companheiro”. Quatro versões dizem “Pai, Filho e Espírito Santo”. Três outros dizem ser doze luzes: “Pai, Filho, Espírito Santo, Sol, Lua Mestre Maçom, Esquadro, Régua, Prumo, Linha, Maço e Cinzel”. Todos estes são do período 1724-26. Maçonaria Dissecada diz “Sol, Lua e o Mestre Maçom” e depois da pergunta “Por que? ”, ele responde: “Sol para governar o Dia, Lua da Noite e Mestre Maçom sua Loja”. Mestre maçom neste caso se refere ao presidente da loja ou o atual Venerável Mestre. Então nós rastreamos as luzes da sua primeira aparição em nosso ritual até o ponto em que elas adquirem o seu simbolismo moderno. TRÊS PILARES: Uma definição moderna: Nossas lojas são apoiadas por três grandes pilares. Eles são chamados de Sabedoria, Força e Beleza. Sabedoria para construir, Força para sustentar e Beleza para adornar, mas como não temos ordens nobres em arquitetura conhecidas pelos nomes de Sabedoria, Força e Beleza, nos encaminhamos para as três mais célebres, que são, a Jônica, Dórica e Coríntia. Os problemas relacionados ao mobiliário da loja, não terminam com os dois pilares de Salomão. Já em 1710, um conjunto inteiramente diferente de três pilares faz sua aparição nos catecismos e exposições. Eles aparecem pela primeira vez no Manuscrito Dumfries Nº4, datado de 1710: Quantos pilares estão em sua loja? Três. Quais são esses? O esquadro, o compasso e a Bíblia. Estes três pilares não aparecem novamente nas onze versões dos catecismos entre 1710 e 1730, mas surge a questão, com uma nova resposta, na Maçonaria Dissecada: O que apoia uma loja? Três grandes pilares. Como são chamados? Sabedoria, força e beleza. Por quê? Sabedoria para contruir, Força para sustentar e Beleza para adornar. Perguntas quase idênticas apareceram no Manuscrito Wilkinson, de 1727 e em toda uma série de exposições inglesas e europeias ao longo do século XVIII, invariavelmente com a mesma resposta: “Três. Sabedoria para construir, Força para sustentar e Beleza para adornar”. Mas as descrições do mobiliário da loja no início dos anos 1700, não mencionam nenhum conjunto de três, e parece evidente que essas questões pertencem a um período bastante longo, antes que houvesse alguma ideia de transformá-las em móveis reais na sala da loja Os primeiros inventários de loja são escassos demais para nos permitir tirar conclusões definitivas da ausência de referências a itens específicos de mobiliário ou equipamento da loja. Embora seja bastante certo, portanto, que as lojas operativas iniciais eram pouco decoradas, e fica evidente, nos registros sobreviventes do século XVIII, que na década de 1750, já havia uma série de lojas razoavelmente bem equipadas. Um conjunto de três pilares foi mencionado nos registros da Nelson Lodge em 1757, e a Lodge of Relief, Bury, comprou um conjunto de três pilares, para o Mestre da Loja e seus Vigilantes, em 1761. Até hoje, a antiga Lodge of Edinburgh (Mary’s Chapel), Nº l, agora com quase 400 anos, usa um conjunto de três pilares, cada um com cerca de três metros de altura. O pilar do Mestre fica no Altar, quase no centro da Loja, os outros dois ficam no chão à direita do 1º e 2º Vigilantes, respectivamente. (Lá, os três principais oficiais não têm pedestais). A Maçonaria Dissecada permaneceu a principal influência do ritual inglês até 1760, quando uma nova série de exposições inglesas começaram a aparecer, exibindo uma expansão substancial nas cerimônias e na sua interpretação especulativa. Três Batidas Distintas apareceram em 1760, e J. & B. em 1762, alegando expor os rituais das Grandes Lojas rivais, dos “Antigos” e “Modernos”. Ambos agora incluíram várias perguntas e respostas novas sobre “Os três grandes pilares”, concordando que “eles representam… O Mestre no Oriente, o 1º Vigilantes no Ocidente e o 2º Vigilante no Sul”, cheio explicações de seus deveres individuais nesses cargos. Parece provável que essas questões tenham sido originalmente destinadas apenas a marcar as posições geográficas dos pilares, mas nesse período de desenvolvimento especulativo, as explicações foram quase inevitáveis. TRÊS CANDELABROS: Além da nota de Prichard na década de 1730 em “grandes velas colocadas em castiçais altos”, a primeira evidência de uma combinação desses dois conjuntos de equipamentos está nos registros da Lodge of Felicity nº 58, fundada em 1737, quando o Loja pediu “Três castiçais a serem feitos de acordo com as seguintes ordens, 1 Dórica, 1 Jônica, 1 Coríntia e de mogno…”. No inventário da loja em 1812, eles se multiplicaram e foram listados como “Seis castiçais grandes. De mogno com suportes de latão, feitos pelas três ordens”. Em 1739, a Old Dundee Lodge fez um conjunto similar, que está em uso ainda hoje. A conexão talvez não seja imediatamente óbvia, mas estes foram os estilos arquitetônicos associados aos atributos dos três pilares pertencentes ao Mestre e Vigilantes, “Sabedoria, Força e Beleza”. O simbolismo maçônico dos três pilares tinha sido explicado por Prichard em 1730, e é quase certo que estas duas lojas estavam colocando suas palavras em forma prática quando tiveram seus castiçais feitos nesses três estilos. Esses dois exemplos iniciais podem servir de ponteiro para o que estava acontecendo, mas ainda não era uma prática geral, e as evidências iniciais de seu uso combinado são escassas. Mas podemos traçar os conjuntos de três pilares desde a sua primeira aparição no ritual como uma questão puramente simbólica, na qual eles apoiam a Loja, e são chamados de “Sabedoria, Força e Beleza”. Mais tarde, eles representam os três principais oficiais, no Oriente, Sul e Ocidente. A partir do momento em que foram explicados desta forma, de 1730 a 1760, é bastante seguro assumir que eles estavam começando a aparecer nos desenhos, tapetes de chão ou painéis. Sabemos, é claro, que eles apareceram regularmente nas versões posteriores, mas o padrão geral de sua evolução parece indicar que quase certamente foram incluídos em muitos dos primeiros desenhos que não sobreviveram. Na década de 1750 e 1760, temos evidências definitivas, que conjuntos de três candelabros (ou pilares) já estavam em uso como mobiliário em várias lojas, e isso acrescenta um forte apoio à visão de que eles já haviam aparecido nos Painéis (Tracing Boards). Quando, no final do século XVIII, as salas das lojas e os Masonic Halls estavam sendo criados para uso frequente ou contínuo, os três candelabros tornaram-se uma parte regular dos móveis, ocasionalmente por vontade própria, mas com mais frequência como bases ornamentais para as três “luzes menores”, combinando assim as duas características separadas com a que é frequentemente vista hoje. O DESENVOLVIMENTO DO SIMBOLISMO MAÇÔNICO: O crescimento do número de símbolos, como ilustrado nas exposições francesas da década de 1740, e nas versões inglesas da década de 1760, merece algum comentário. No Grand Lodge Museum, há uma coleção de modelos de metal pintado, pertencendo aparentemente a vários conjuntos diferentes. Existem pilares com globos, um conjunto de dois pequenos pilares sem globos e um conjunto separado de três pilares. Há também um conjunto de modelos de “Capitéis”, ou seja, apenas a parte superior dos pilares, claramente projetados para adicionar os globos. Todos estes, com muitos outros símbolos, foram utilizados nos desenhos feitos no chão da loja. Era parte do dever do Mestre explicar os “desenhos” ao candidato, imediatamente após ter sido ingressado. Parece que não houve nenhum ritual definido para este propósito, e as explicações eram, sem dúvida, improvisadas. A partir de 1742, há evidências substanciais de que o número de símbolos aumentou consideravelmente, e isso parece indicar uma expansão real nas “explicações”, todo um fluxo de exposições inglesas que começaram a aparecer a partir de 1762, possuem algum tipo de dissertação semelhante aos símbolos contidos nos painéis. Muitos desses símbolos antigos, que aparecem frequentemente nos painéis dos graus do século XVIII e em gravuras contemporâneas, agora desapareceram de nosso funcionamento moderno, entre eles a Trolha, a Colmeia, a Ampulheta, etc. Neste breve texto, confinei-me apenas a alguns itens simbolizados de nossa loja atual, cujas origens podem ser obscurecidas devido à padronização, mas existe todo um mundo interessante na simbologia remanescente da maçonaria. Um ritual do REAA em utilização hoje no Brasil nos dá a seguinte ideia: “Sustentam nossas lojas três colunas denominadas Sabedoria, Força e Beleza. Sabedoria de Salomão para construir (Jônica), Força de Hiram Rei de Tiro para sustentar (Dórica) e Beleza de Hiram Abiff para adornar (Coríntia). Logicamente, devido a diversidade de estrutura organizacional das potências brasileiras, teremos muitas variações do simbolismo destas três colunas, mas todas convergindo para o mesmo propósito. Bibliografia: Manuscrito Cooke – 1410 Manuscrito Edinburgh Register House – 1696 Manuscrito Dumfries Nº 4 – 1710 Manuscrito Wilkinson – 1727 Maçonaria Dissecada – Samuel Prichard – 1730 Herault Letter – 1737 Le Catéchisme des Francs-maçons – 1742 L’Ordre des francs-maçons Trahi – 1745 Three Distinct Knocks – 1760 Jachin and Boaz – 1762 Ilustrações da Maçonaria – William Preston – 1775 Browne’s Master Key – 1802 The Two Earliest Masonic MSS – Knoop, Jones and Hamer – 1938 The Early Masonic Catechisms – Knoop, Jones and Hamer – 1943 Transactions of Quatuor Coronati Lodge Nº 2076, UGLE, Vol 64 – Harry Carr – 1962.
O AUTOR:
Luciano R. Rodrigues é casado, pai de três filhos, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e em Gestão de Tecnologia da Informação, possui MBA em Gestão de Projetos, com mais de 15 certificações internacionais na área de tecnologia, a nível de administração, segurança e engenharia de redes de computadores. Atualmente trabalha como consultor sênior de inteligência e segurança empresarial em uma multinacional do ramo de óleo e gás, onde presta serviço desde 2003. Na maçonaria simbólica, é Mestre Instalado, ocupa pela segunda vez o cargo de Venerável Mestre da ARLS União Barão do Pilar nº21 (REAA), filiada ao Grande Oriente do Rio de Janeiro e a COMAB (Confederação Maçônica do Brasil). Fundador da ARLS Jacques Demolay nº50 (Rito de York Americano) ocupando o cargo de secretário na 1º gestão da loja. No Grande Oriente do Rio de Janeiro (GORJ) ocupou o cargo de Grande Secretário de Tecnologia e Informática na gestão dos Grão Mestrados 2011-2014 e 2014-2017. No atual Grão Mestrado (2017-2020) ocupa o cargo de Grande Secretário de Comunicação e Informática. No Rito Escocês Antigo e Aceito, é grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo), no Consistório Edson Ferreira Agostinho, filiado ao Supremo Conselho do Grau 33 do REAA para a República Federativa do Brasil. No Rito de York, possui o grau de Maçom do Real Arco, no Capítulo José Guimarães Gonçalves nº1 de Maçons do Real Arco, filiado ao Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, o qual é jurisdicionado ao General Grand Chapter of Royal Arch Masons International. Grau de Mestre Escolhido no Conselho Felisberto Silva Rodrigues nº9, filiado ao Supremo Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil, o qual é jurisdicionado ao General Grand Council of Cryptic Masons International. Ilustre Ordem da Cruz Vermelha na Comanderia Templária Duque de Caxias nº1, filiada a Grande Comanderia de Cavaleiros Templários do Brasil, o qual é jurisdicionado ao Grand Encampment of Knights Templar. Criador e administrador do Fórum Maçônico Câmara de Reflexões – http://www.camaradereflexoes.com.br Iniciado na Ordem Demolay em 1995, no Capítulo Rio de Janeiro nº 001, Máter da América do Sul e Primaz do Brasil. Fonte: O PRUMO DE HIRAM. Acesso em http://www.oprumodehiram.com.br/quando-surgiram-os-pilares-colunas-e-candelabros-na-maconaria/

BIBLIOT3CA: Considerações sobre o Rito Moderno ou Francês.

Ir.·. Antonio Onias Neto - M .´. I .´. (+ 2013) Ex-Sob.·. Gr.·. Insp.·. Geral do Supr.·. Cons.·. do R.·. M.·. Muito se critica e pouco se conhece a respeito do Rito Moderno ou Francês. Uma das mais infantis acusações (?) ou afirmativas gratuitas que se faz sobre o Rito é ser ele ATEU. É lamentável que maçons, que deveriam conhecer um pouco de filosofia e teoria do conhecimento, façam confusão entre ateísmo e agnosticismo. O Rito Moderno, por saber que a atitude filosófica da Maçonaria é a pesquisa constante da verdade, e por outro lado, ao ver que a verdade, para que seja considerada em todo o seu sentido, deve ser absoluta e infinita, abraça a corrente de pensamento que reconhece a impossibilidade do conhecimento do Absoluto pelo homem em sua finitude e relatividade, ou seja o AGNOSTICISMO. Afirmando assim uma posição de humildade perante o Absoluto, o que deveria ser característica de todo Maçom. Acrescente-se mais que o Gnosticismo, como teoria da possibilidade de conhecimento (não confundir com os chamados "Gnósticos" do início da Era Cristã), afirma que é possível conhecer o absoluto. Ora, o Ateísmo, ao afirmar categoricamente a inexistência de Deus, pertence à corrente gnóstica, posto que, nessa assertiva, mostra ser possível conhecer o Absoluto, donde podemos concluir que o ateu jamais será agnóstico e o agnóstico não pode ser ateu, pois suas teorias da possibilidade do conhecimento se chocam frontalmente. Por outro lado, há religiões, como o Budismo, que, em sua origem, tomam uma posição agnóstica, não se preocupando em explicar o Absoluto, reconhecendo a impossibilidade de definí-lo. Desta forma, o Rito Moderno acolhe em seu seio, sem nenhum constrangimento, irmãos das mais diversas profissões religiosas e filosóficas, posto que, mesmo sendo ele agnóstico, não impõe aos seus membros o agnosticismo, mas exige deles uma posição relativa quanto à possibilidade de que outros Irmãos, que abraçam outra filosofia, estejam certos, ora quem é dono da verdade não tem necessidade de pesquisá-la ou procurá-la. Outra afirmativa que se faz sobre o Rito Moderno é sua anti-religiosidade, o que não passa de outra confusão, que os dicionários, se consultados, ajudariam a esclarecer. O prefixo "anti" quer dizer "contra". O que melhor caberia para o Rito é o prefixo "a", que significa "inexistência", "privação"; e é empregado no sentido de eqüidistância entre o "a favor" e o "contra". A maçonaria é eqüidistante das religiões, não é uma seita religiosa, e os Irmãos que assim a tornam são, evidentemente, ou aqueles que procuram desvirtuá-la, ou aqueles que insatisfeitos com suas religiões procuram na Maçonaria uma nova religião ou a compensação para as suas frustrações místicas. E, é baseado na eqüidistância perante as religiões que o Rito Moderno não adota a existência da Bíblia no Triângulo de Compromissos, Altar de Juramentos para outros Ritos. Os defensores da colocação da Bíblia alegam que deve haver um "livro da lei revelada". Ora, a Bíblia só passou a ser adotada em algumas Lojas a partir de 1740, antes disso Anderson e os demais Maçons aceitavam a obrigação do "Livro da Lei", Lei Maçônica, Lei Moral. Acrescente-se, ainda, que existem religiões, tais como a Umbanda, o Candomblé, a Pajelança, e outras, com diversos adeptos entre nós, que possuem um livro da lei revelada, cuja tradição é oral. Perguntamos, que livro religioso se colocaria na presença de tais Irmãos? Vemos constantemente Irmãos Judeus e Muçulmanos, quando Iniciados e em suas exaltações, compelidos a jurarem sobre a Bíblia Cristã, em tradução Católica ou Protestante, numa autêntica violação de suas consciências e dos princípios maçônicos, ou numa prova de que tais juramentos são falsos. Nosso "Livro da Lei" são os princípios da Sublime Ordem, quando muito as Constituições das Potências às quais pertença a Loja, onde constam tais princípios, ou, ainda, as Constituições de Anderson, em sua redação original, que deu origem à institucionalização da moderna Maçonaria. Aproveitamos para transcrever o artigo primeiro da Constituição de Anderson, que é bastante claro a respeito do assunto: "O Maçom está obrigado, por sua vocação, a obedecer a Lei Moral, e se compreender seus deveres, nunca se converterá em um estúpido ateu nem em um irreligioso libertino. Apesar de nos tempos antigos os Maçons estarem obrigados a praticar a religião que se observava nos países em que habitavam, hoje crê-se mais conveniente não impor-lhes outra religião senão aquela que todos os homens aceitam, e dar-lhes completa liberdade com referência às suas opiniões particulares. Esta religião consiste em ser homens bons e leais, quer dizer, homens honrados e probos, seja qual for a diferença de denominações ou de convicções. Deste modo, a Maçonaria se converterá em um centro de União e é o meio de estabelecer relações amistosas entre pessoas que, fora dela, teriam permanecido separadas". Após a leitura deste texto, muito pouco se poderá acrescentar a respeito, além de que há religiões que não permitem ao homem se ajoelhar perante seu semelhante, como exigem alguns Ritos, o que não é permitido no Rito Moderno. Mais uma vez o Rito prova, com sua atitude, ser eqüidistante e respeitar a religião de todos os Irmãos. Bom seria que os Irmãos, que se intitulam religiosos, estudassem um pouco a história e o conteúdo de outras religiões além das nossas, saindo de uma posição sectária, proibida pela Ordem. Outra "terrível" acusação que se faz ao Rito é não invocar e tampouco adorar o "GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO", tendo inclusive evitado o uso de seu nome nos Rituais. Ora, meus Irmãos, por mais boa vontade de que possamos estar imbuídos, jamais deixaremos de invocar as entidades religiosas a que estamos ligados dentro de termos e Rituais próprios de nossa religião, e, estaremos desta forma sempre ferindo e violando as crenças e as formas de adoração de outros Irmãos. Deixemos as adorações e as invocações para fazê-las em nossas Igrejas, nossas Sinagogas, nossos Templos religiosos, nossos Centros, nossos Terreiros, nossas Casas e evitemos fazê-las em Loja, onde temos a obrigação de não forçar qualquer Irmão a repetir fórmulas com as quais sua consciência não possa concordar. Quanto ao não uso do nome do Grande Arquiteto do Universo nos Rituais: este uso só começou a ocorrer a partir da Convenção de 1877, por conclusão do relator da proposta de exclusão do seu uso nos Rituais do Grande Oriente de França, e, é bom lembrar que este Irmão relator era um religioso, o pastor protestante Frederico Desmons. Este foi o grande motivo para que a Grande Loja Unida da Inglaterra rompesse relações com o Grande Oriente de França No entanto, o Grande Oriente da Bélgica, desde 1872, vedara a invocação e a inclusão do Grande Arquiteto do Universo nos seus Rituais, e nem por isso a Potência inglesa rompera relações com os belgas. O principal fundamento para a exclusão do nome do Grande Arquiteto do Universo dos Rituais é terem os Irmãos, como se pode observar, utilizado dia a dia o símbolo do Princípio Criador da Energia inteligente, do Ente Supremo, do mesmo modo que se vulgarizou o termo Deus, particularizando o seu emprego, invocando-o e adorando-o, conforme sua religião e não como símbolo de todas as concepções que se tenha do que é a Origem do Universo. Antes de encerrar essas breves considerações gerais sobre o Rito Moderno ou Francês, não poderíamos esquecer o problema dos "Landmarks". O que são "Landmarks"? O próprio nome diz: são marcas de terra, limites, lindeiros, e como tal devemos considerá-los, jamais como dogmas. Lembremo-nos: NA MAÇONARIA NÃO EXISTEM DOGMAS, EXISTEM PRINCÍPIOS. No Brasil, existe uma verdadeira psicose pelos "Landmarks" de Mackey, e, no entanto, quando a Maçonaria veio para nossa Pátria, eles sequer existiam, tendo aparecido apenas em 1858. Meus Irmãos, fica a pergunta: quem deu poderes, que entidade inspirou ao nosso Irmão Mackey para firmar dogmas dentro da Sublime Ordem? Particularmente um deles: o 25º, que não permite qualquer alteração, ferindo o princípio da investigação constante da verdade, da evolução, da pesquisa, de se afirmar progressista: nada pode mudar a partir dele, é o dogma da imutabilidade, da não evolução. É evidente que o Rito Moderno, dentro desses termos, não poderia aceitar os "Landmarks" de nosso querido Irmão, que pretendeu impedir um dos fundamentos da Maçonaria: A LIBERDADE. Meus Irmãos, diversos são os "Landmarks" mais conhecidos, tais como os de Findel, de Lecerff, de Pound, de Mackey, de Grant, que chegam a 54, e muitos outros. Qual deles é o profeta da Maçonaria que recebeu inspiração divina pra que se afirme ser sua catalogação a correta? Que Congresso Maçônico mundial concluiu serem estes ou aqueles os "Landmarks" aceitos universalmente? Deverão os "Landmarks", mesmo que universais, estacionarem no tempo e no espaço? Apenas como lembrança, devemos citar que muitos dos nossos Irmãos de outros Ritos e de outras Potências concordam plenamente conosco na tese que abraçamos sobre os "Landmarks". Conclamamos aos Irmãos de todos os Ritos e de todas as Potências: devemos nos preocupar com aquilo que nos une, e, relegar ao segundo plano o que nos separa. Este é o fito primordial do Rito Moderno quando dá origem à instituição de um "Grande Oriente": admitir a diversidade dos Ritos, unindo, numa mesma Potência, Irmãos das mais diversas posições filosóficas, num verdadeiro Universalismo, pois este é o princípio fundamental da Sublime Ordem. Acesso em https://bibliot3ca.com/2018/01/17/consideracoes-sobre-o-rito-moderno-ou-frances/

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Maçonaria Regular e Espúrias

Por Marcelo Del Debbio (deldebbio | 10 de maio de 2009). Como segundo Post na série sobre a Maçonaria, é necessário explicar o que talvez seja a maior causa de confusões (e má-fé) no mundo profano. A questão de Lojas Regulares e Irregulares (ou Espúrias). Primeiro ponto: o que é uma Loja Regular? Para entender a Regularidade, precisamos voltar no tempo até o Início da Chamada “Maçonaria Especulativa”. A Maçonaria apresenta duas fases: a primeira, operativa, e a segunda especulativa. Na primeira, os seus componentes operavam materialmente, eram trabalhadores especializados na construção de Templos, Castelos e Igrejas e data de aproximadamente 900 DC. A segunda fase é denominada especulativa, de vez que os seus adeptos são homens de pensamento. Desde a antiguidade, os construtores que detinham conhecimentos especiais, constituíam uma espécie de aristrocacia, em meio das demais profissões. Formavam como que colégios sacerdotais. Na idade Média, os construtores de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das autoridades eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a denominação francesa de franc-maçon traduzida como pedreiro-livre. A arquitetura constituía então, a Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante. Seria o Templo Ideal. Os pensadores e alquimistas da época, combatidos pelos espíritos menos esclarecidos, perseguidos, buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de protegê-los pelos privilégios que tinham. Eram alguns aceitos. Daí a denominação der Maçons Aceitos em contraposição a Maçons Antigos, os construtores. Claro que nem todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos, porém depois de submetidos a uma série de provas que constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos e respeitar as regras. No séc. XVI, aumentou consideravelmente o número de Maçons Aceitos, com predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre eles, Elias Ashmole, alquimista, que ingressara com um grupo de amigos, teólogos em 1646. A partir daí, por iniciativa dos novos membros, organizou-se uma sociedade, cujo objetivo era a construção do Templo de Salomão, templo ideal das ciências. Elias Ashmole obteve permissão para que a sociedade realizasse suas reuniões no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os elementos precedentes da Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que presumidamente dedicava-se ao estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras ciências ocultas) passaram a preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito de seus símbolos. Alteraram os rituais, sobretudo a parte referente à iniciação. Primitivamente havia na hierarquia maçônica apenas os graus de aprendiz e companheiro, pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma construção. Em 1664, foi criado o grau de Mestre por Elias Ashmole, formando assim a base definitiva das hierarquia maçônica. Posteriormente, a Maçonaria tomou grande impulso na Inglaterra quando operou-se grande transformação orientada por Jacques Anderson, presbítero londrino, diplomado em filosofia, e Desagulliers, de origem francesa, grão mestre inglês, eleito em 1719. A partir de então passou a Maçonaria a desenvolver tendências para instituição filantrópica. Em 1723 foi aprovado o Livro das Constituições maçônicas, revisto por Jacques Anderson. Sendo chamado de Constituição de Anderson, tornou-se em pouco tempo a Carta da maior parte das lojas. Propagavam uma doutrina sobretudo humanitária, deísta espiritualista, aberta a todos os cristãos, qualquer que fosse a sua seita, e leal aos poderes públicos. Esta origem, ligada aos construtores da era medieval explica o porque da simbologia maçônica estar toda ela relacionada ao tema construção. Seus símbolos mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais desatento, são os instrumentos do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a régua, o nível, etc. De 1717 Até os dias de hoje, graças a este Sistema de Iniciações esotérico/simbólico, um Iniciado precisa obrigatoriamente passar por uma Iniciação e ser consagrado Maçom por um Venerável Mestre, que por sua vez também um dia foi aprendiz e passou por uma iniciação organizada por um Venerável Mestre, e assim por diante até chegarmos a Jacques Anderson. Esta é a Maçonaria REGULAR. Ou seja, se pegarmos o histórico do Tio Marcelo, vamos voltando no tempo nas iniciações de Venerável Mestre em Venerável Mestre até chegarmos ao Mr. Anderson. Eu sou reconhecido como irmão pelos maçons Ingleses (e por maçons regulares do mundo inteiro). Porém, ao longo dos séculos, devido a Vaidades humanas, disputas por poder, brigas e expulsões, acabaram sendo criadas maçonarias chamadas “irregulares”, o que não significa que elas sejam nem melhores nem piores… Algumas lojas maçonicas irregulares foram formadas por graus 33 que detinham todos os conhecimentos dos ritos, mas não fazem mais parte da “Linhagem” (a Prince Hall, por exemplo, que foi formada por ex-escravos e não foram reconhecidos na época e, por algum motivo, preferiram continuar independentes até hoje) . Outras são lojas que seguem o padrão de Iniciações mas que nada tem a ver com seus ritos (entre elas fraternidades estudantis Alfa-beta-gamas da vida e o Skull and Bones), temos lojas mistas ou que permitem a entrada de mulheres, e algumas podem até mesmo ser organizações criminosas que seguem a estrutura iniciática (Yakusa, P2, Máfia…). NENHUMA destas ordens é considerada “Maçonaria”. Aqui no Brasil temos até estelionatários passando golpes com o nome de maçonaria (vocês nunca receberam um email “entre para a maçonaria?”. Se receberem, fujam: é golpe na certa! Aqui no Brasil, existe uma Potência reconhecida, que é o Grande Oriente do Brasil, e duas Obediências, que são as Grandes Lojas (uma em cada estado) e o Grande Oriente Paulista. Uma Obediência significa que há um tratado de reconhecimento mútuo entre estas lojas (ou seja, o tio Marcelo pode visitar lojas das Grandes Lojas e membros das Grandes Lojas podem visitar a ARLS Madras ou a Crowley), mas que estas continuam NÃO sendo reconhecidas pela Grande Loja Inglesa (a GLESP, GLERJ, GLEMT e GLMEES atualmente são reconhecidas pela UGLE). Sim, é um pouco confuso mesmo… E quais as vantagens de ser regular ou irregular? Bem, um maçom irregular não pode frequentar reuniões de lojas regulares, pois ele não é reconhecido como irmão, ou seja, um maçom irregular não poderia ir a uma reunião na Loja Madras ou Aleister Crowley. Ou seja, uma loja irregular está isolada nela mesma ou em pequenos (ou grandes) grupos que se reconhecem mutuamente. Uma das melhores coisas da maçonaria é a quantidade fantástica de palestras, tempos de estudo e núcleos de debate que ocorrem nas lojas… ser Livre-pensador é poder visitar X lojas e ver X pontos de vista e opiniões diferentes sob um mesmo aspecto de um estudo, por exemplo… Uma loja irregular pode se regularizar… para isso, existe uma cerimônia chamada Regularização, onde os membros da loja XYZ são recebidos por um Venerável Mestre e encaixados novamente na “Grande Árvore”, e o oposto também pode acontecer… uma loja XYZ ser expulsa e tornar-se irregular. E disto vêm os absurdos que a gente vê na mídia, falando que Bush é maçom, que a Skull and Bones é parte dos Illuminati, que os maçons vão dominar o mundo, que o NWO fez isso e aquilo, e assim por diante… para os crentes, toda religião afro é “macumba” e toda ordem iniciática é Illuminati”. Dúvidas? Acesse:( http://www.deldebbio.com.br/2009/05/10/maconaria-regular-e-espurias/comment-page-3/). Fonte: Marcelo Del Debbio Nascido em 1974, Marcelo Del Debbio é hoje considerado um dos maiores pesquisadores sobre Ordens Iniciáticas, Oráculos e Ocultismo no Brasil. – Formado Arquiteto em 2000 pela FAU-USP e com especializações em Semiótica, História da Arte e Religiões Comparadas. Seu Currículo Acadêmico pode ser visto AQUI. – Escritor com mais de 60 títulos publicados e mais de duas centenas de artigos publicados em revistas. – Colunista do site “Teoria da conspiração”, onde escreve semanalmente sobre ocultismo e filosofia. – Autor da Enciclopédia de Mitologia, um dos maiores e mais completos trabalhos do gênero em língua portuguesa, com mais de 7.200 verbetes, de 40 mitologias diferentes. – Autor do livro Kabbalah Hermética, que aborda todos os aspectos da Kabbalah Hermética dentro da História da Arte, Ocultismo, Mitologia e Ordens Iniciáticas em 700 páginas ricamente ilustradas. Considerado o melhor trabalho sobre o tema em língua portuguesa. – Organizador do Hermetic Kabbalah Tarot, trabalho de referência na área de hermetismo e simbolismo no tarot. – Editor chefe da Daemon Editora, a 3a maior editora de livros de RPG no Brasil. Dois de seus livros, Arkanun e Trevas, estão entre os 50 Melhores livros de RPG de todos os tempos. – Iniciado em Bruxaria Inglesa em Stonehenge, em 1989. – Membro da Maçonaria, filiado à loja ARLS Arcanum Arcanorum, 4269 (GOB). Foi Venerável Mestre da Loja de 2014-2015 – Membro fundador da ARLS Aleister Crowley, 3632 e ARLS Thelema, 3692 (GOB). – Membro das Ordens Inglesas de Aperfeiçoamento Maçônico: Maçom do Arco Real, Mestre da Marca, Mestre da Nauta Real. – Cavaleiro Templário, membro do Preceptório Madras, 22. Foi Grande Marechal da Ordem Templária no Brasil no período de 2011-2012. – Cavaleiro da Ordem de Malta, membro do Priorado Madras, 22. – Membro da Loja de Perfeição Barão de Mauá. Possui grau 18 no REAA. – Foi Membro do Conselho Consultivo do Capítulo Madras, da Ordem Demolay, de 2010-2012. – Membro Honorário do Priorado “Príncipes Protetores da Santa Cruz de Caravaca”, do Estado de ES. – Frater da Antiga e Mística Ordem Rosacruz – AMORC. – Membro da Sociedade das Ciências Antigas (SCA). – Membro da Tradicional Ordem Martinista (TOM) – Membro do Colégio dos Magos. – Membro do Arcanum Arcanorum. Foi Magister Templi da Ordem em 2010-2014. Ocupa atualmente o cargo de Secretário de Ritualística e Estudos para a Ordem no Brasil. – Pequena Biografia do Marcelo Del Debbio, escrita por Frater Dybbuk, AA. Algumas Palestras e Entrevistas – A Kabbalah e os Deuses de Todas as Mitologias (Sociedade Teosófica) – Astrologia Hermética, entrevista para o Podcast “Mundo Freak Confidencial” – Entrevista dada ao site Thelema.com – Podcast sobre Hermetismo no Conversa entre Adeptus – parte 1 – Podcast sobre Hermetismo no Conversa entre Adeptus – parte 2 – O Louco no Tarot de Rider-Waite e Thoth – Entrevista sobre Simbolismo e História da Arte dentro do Tarot. – Entrevista no programa E-farsas sobre Maçonaria – Entrevista sobre Ordens Iniciáticas e ocultismo – Podcast sobre Maçonaria no Podcast “Descontrole”. – Maçonaria e Ordens Iniciáticas no Podcast Mundo Freak Confidencial. – Entrevista sobre Teorias da Conspiração. – Programa “Entre o Céu e a Terra” TVBrasil- Símbolos e Representações. – Programa “Entre o Céu e a Terra” TVBrasil – Espiritualidade, Sexo e Prazer. – Entrevista sobre Astrologia Hermética, no Podcast “Descontrole”. – Entrevista sobre Ocultismo e Teoria da Conspiração no site E-Farsas. – Entrevista sobre Filosofias Hermética, no Podcast Contos Acabados. – Entrevista sobre Ocultismo e Magia Moderna no Occultacast. – Entrevista sobre Origens do hermetismo – parte 1 com Fredi Jon. – Entrevista sobre Origens do hermetismo – parte 2 com Fredi Jon. – Brasileiros notáveis – Marcelo Del Debbio apresentado por Gastão Moreira. – Palestra sobre a História dos Oráculos, na Sociedade Teosófica – Mitologia e RPG, bate papo no “canal Roleplayers”. Leia e assimile o site http://www.deldebbio.com.br

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O Maçom enquanto refém do Templo.

Desenvolvendo o pensamento do Ir .'.Joaquim Roberto Pinto Cortez… O trabalho que agora pretendo desenvolver não é uma crítica, por favor, não o vejam sob esse prisma, ele é tão somente um produto da minha observação; desejando é claro, desenvolver o pensamento do Ir. Joaquim Roberto Pinto Cortez em seu livro “Fundamentos da Maçonaria” editado nas oficinas da Madras Editora Ltda. – ISBN 85-7374-296- 8. Ao longo desses últimos anos e observando algumas Lojas, bem como conversando com alguns Irmãos, tenho observado e feito alguns comentários a respeito da não interação dos Maçons na vida profana, enfim, na sociedade em que estão fixados. Tem-se a impressão que o Maçom vive alheio à sociedade e, o mais inadmissível, é que a maioria deles nos dá a impressão de não querer aparecer como Maçom. Parecem não querer se identificar como Maçom, notadamente, assim se comportam como se tivessem vergonha ou medo de pertencer à Arte Real. Aqui, eu quero fazer uma declaração muito especial: eu não tenho vergonha ou medo de ser Maçom, entretanto, eu tenho muita vergonha do comportamento de certos Maçons que denigrem essa Augusta Irmandade. Tenho observado também que os Maçons vivem apenas de glórias do passado, não sendo hoje, nem uma pálida sombra de seus antigos dias. Esta não é uma observação somente minha, pois lendo vários autores, sabidamente de profundos conhecimentos maçônicos, eles nos têm dito que a Maçonaria em diversas partes do mundo se encontra na mesma situação. Eu quero dizer numa dormência de atos e fatos, preferindo a penumbra reclusa de seus Templos como que querendo se esconder do mundo. Esse comportamento atípico dos Maçons nos leva ligeiramente a concluir que, a Maçonaria está passando por uma crise de valores, encontrando dificuldades em se adaptar ao mundo moderno. Talvez, o conservadorismo exagerado não seja um bom “status quo” para a Maçonaria. Nos dias de hoje, tudo evolui e aquilo que ficar preso às amarras do comportamento histórico (conservadorismo) , por certo, definhará e palmilhará tão somente a vereda da inexpressividade – talvez seja este o caso. Tudo aquilo que não se atualiza, acaba ficando obsoleto. Uma outra observação diária e que se faz necessário nomear aqui, é que, os recém iniciados (Aprendizes) estão totalmente desiludidos com o que estão presenciando, isto é, apenas uma catequese homeopática de instruções e um rigor excessivo nos rituais, como dizem: ”está faltando algo mais”. As instruções que aqui me refiro são aquelas ministradas pelos Mestres de uma forma didática sem criatividade e com uma insistência na repetição, que induz a certa lavagem cerebral, eu quero acreditar que esse não é o objetivo primordial da Maçonaria. Mesmo porque, a repetição sem a devida criatividade, liberdade ou conotação, leva o Aprendiz a um bloqueio cego, não oferecendo condições para inteligir e argumentar o que está sendo introjetado. Não é intenção minha querer mudar os Landmarks ou os princípios da Arte Real, afinal de contas, quem sou eu para abrigar tamanha pretensão. O que a maioria dos Maçons deseja é que, não que a Maçonaria mude, muito pelo contrário, quem deve mudar se atualizando e se reciclando são os Maçons. E não viver como se ainda estivessem trabalhando numa Guilda do século XVIII, ainda sob a influência deletéria da Idade Média. Talvez, na insipidez árida das reuniões (sessões), na falta de estudo, na carência de cultura maçônica, no desinteresse em geral, devemos ficar em alerta e ver a fonte principal das ausências, das deserções e, afinal, do adormecimento definitivo. As sessões em Loja não devem ficar tão somente restritas à praxe ordinária, ficando dessa forma, o tempo totalmente tomado pelos rituais e pela leitura dos expedientes, práxis essa que, leva ligeiro ao enfado. Assim, afasta a possibilidade da apresentação de trabalhos, discussões temáticas, propostas de possíveis atividades no mundo profano, (uma ausência muito grande dos Maçons). Enfim, fazer das sessões uma verdadeira tribuna para que, os Maçons de qualquer grau, possam expor com espontaneidade seus pensamentos, seus desejos e seus objetivos. Isso deverá ser feito dentro de uma organização pré-estabelecida em uma outra sessão, obedecendo todos os princípios da Arte Real, como também o comportamento maçônico da tolerância e do respeito mútuo. Esta afirmação de que as reuniões são insípidas, temos ouvido sempre dos Irmãos, e isso deriva da posição tomada por vários deles em reclamar de leitura de Boletim, de Atos, de Decretos ou Leis, das correspondências recebidas e expedidas e etc.etc. Se não for possível mudar essa configuração das reuniões ordinárias, que se faça uma reunião exclusivamente para os debates como acima propusemos. Se assim se procedesse, por certo, as reuniões tornar-se-iam mais agradáveis e não se deixaria os Irmãos à mercê, em busca solitária sem muita propriedade, estando sujeitos a muitas vezes adentrar por veredas não muito recomendáveis. Eu tenho a certeza de que, o verdadeiro ensinamento maçônico, seria transmitido pelo exemplo e pela sabedoria de cada Irmão e pela atuação conjunta de toda a Loja. A partir do momento em que ficar entendido que, nenhum Irmão é possuidor da verdade e, por uma dedução lógica, não estaria capacitado para transmitir a Verdade, sozinho. Se fossem instaladas as sessões de uma forma mais democrática, poderíamos contar com essa práxis inovadora para, transmitir de uma forma mais aberta todos os conhecimentos, fortalecendo maçonicamente ambas as Colunas. Tendo em vista essa atitude nova em se reunir com o objetivo de assimilar mais conhecimentos, fica claro que é obrigação de todos os Irmãos de um Quadro, trazer suas Luzes para a Loja. Podendo assim, trilhar com todo o esforço no sentido do aperfeiçoamento de cada um dos Irmãos a um só tempo. É evidente que se instalassem sessões com esse objetivo, reduziriam a um número mínimo os males que afligem a Maçonaria atual, trazendo, inclusive, benefícios para a Ordem. Compete a todos os Irmãos mostrar o caminho que a Maçonaria deve trilhar pelos tempos, pois o colegiado de Irmãos é a Maçonaria e ela será sempre o somatório de todas as nossas ações. Não quero dar continuidade a esse ensaio porque pode parecer uma intromissão, mas que na verdade, eu estou completamente adormecido por vários motivos; e o que mais influenciou para permanecer nesse estado foi esse que acima expus. Porém, antes de encerrar esse modesto trabalho de observação, eu tenho ainda de fazer uma referência a algo também observado para concluir como desfecho final. Existe uma grande culpa dos Mestres e também do Veneralato que é a seguinte: A cerimônia de Iniciação não é acompanhada de esclarecimentos e estudos que objetivem despertar a verdadeira Maçonaria no Aprendiz. Simplesmente, eles são colocados no alto da Coluna do Norte, onde assistindo as sessões econômicas, aguardam certo intervalo de tempo para que como Companheiros possam passar à Coluna do Sul, onde tudo se repetirá até se tornarem Mestres sem, contudo, conseguirem ser um verdadeiro Maçom. Urge que os Maçons estudem com uma maior profundidade a sua própria Tríade: LIBERDADE-IGUALDADE -FRATERNIDADE. Fonte: Brasil Maçom. Acesso em http://www.brasilmacom.com.br/o-macom-enquanto-refem-do-templo/

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A (Verdadeira) Primeira Grande Loja: A FORMAÇÃO DA PRIMEIRA GRANDE LOJA DE MAÇONS. "ALEMANHA 1250".

Pelo Ir.´. Henning A. Klövekorn. Tradução José Antonio de Souza Filardo M .´. I .´. Com a difusão do cristianismo por toda a Alemanha e a exigência de que bispos romanos erguessem catedrais, os colégios Maçônicos na Alemanha prosperaram. Geralmente designado como Steinmetzen ou Canteiros, estas fraternidades maçônicas levantaram igrejas e catedrais por toda a Europa continental. A sociedade de canteiros tinha dentro de si uma grande variedade de classes e ocupações. Estas incluíam Steinmaurer ou assentadores de pedras, Steinhauer ou cortadores de pedra, bem como Steinmetzen, uma palavra derivada de Stein ou pedra e Metzen, um derivado da palavra Metzel ou entalhador, uma arte mais detalhada e refinada que os cortadores de pedras. A construção de Bauhütten ou lojas situadas junto às igrejas em construção serviu como estúdio de projeto, local de trabalho e quarto de dormir. Um dos mais antigos registros de lojas maçônicas se encontra na cidade alemã de Hirschau (agora Hirsau) no atual estado de Baden-Württenberg. As lojas Maçônicas instituídas na cidade de Hirschau no final do século 11 trabalhavam sob a ordem beneditina da Alemanha, e foram as primeiras a estabelecer o estilo gótico de arquitetura. As Armas dos Franco Maçons da Alemanha.
Já em 1149, as primeiras Zünftes alemãs ou sindicatos de pedreiros se desenvolveram em Magdeburg, Würzburg, Speyer e Straßburg. Em 1250, a primeira Grande Loja dos Maçons formou-se na cidade de Colônia (Köln), [i] Alemanha. A Grande Loja foi formada como parte do imenso empreendimento para erguer a catedral de Colônia. O primeiro congresso maçônico ocorreu na cidade de Straßburg, na Alemanha no ano de 1275. Ela foi fundada pelo Grão Mestre Erwin von Steinbach. Este também foi o primeiro uso registrado do símbolo dos maçons, o compasso e o esquadro. Embora Straßburg fosse considerada a primeira Grande Loja de seu tempo, outras Grandes Lojas maçônicas já haviam sido fundadas em Viena, Berna e a acima mencionada de Colônia; estas foram chamadas Oberhütten ou grandes lojas. Diversos congressos maçônicos foram realizados na cidade de Straßburg, incluindo os anos 1498 e 1563. Nesta época, as primeiras Armas de Maçons registradas na Alemanha foram registradas representando quatro compassos posicionados em torno de um símbolo do sol pagão, e dispostos em forma de suástica ou roda solar ariana. As Armas Maçônicas da Alemanha também exibiam o nome de São João Evangelista, santo padroeiro dos maçons alemães. A Oberhütte (Grande Loja) de Colônia, e seu grão-mestre, era considerada a cabeça das lojas maçônicas de toda a Alemanha do norte. O grão-mestre da Straßburg, na época uma cidade alemã, era chefe de Lojas Maçônicas de todo sul da Alemanha, Francônia, Baviera, Hesse e as principais áreas da França. As Grandes Lojas de Maçons na Alemanha recebiam o apoio da Igreja e da Monarquia. O Imperador Maximiliano revisou o congresso maçônico de 1275 em Straßburg e proclamou a sua proteção ao ofício. Entre 1276 e 1281, Rudolf I de Habsburgo, um rei alemão, tornou-se membro da Bauhütte ou Loja de St. Stephan. O Rei Rudolf foi um dos primeiros não-operativos, também chamados membros livres ou especulativos de uma loja maçônica. Os estatutos dos maçons na Europa foram revisados em 1459 pela Assembléia de Ratisbonne (Regensburg), a sede da Dieta Alemã, cuja revisão preliminar tinha ocorrido em Straßburg sete anos antes [ii]. As revisões descreviam a exigência de testar irmãos estrangeiros antes de sua aceitação nas lojas através de um método de saudação estabelecido (aparentemente internacional ou europeu). A primeira assembléia geral de maçons na Europa ocorreu no ano de 1535, na cidade de Colônia, na Alemanha. Ali, o bispo de Colônia, Hermann V, reuniu 19 lojas maçônicas para estabelecer a Carta de Colônia, escrita em latim. As primeiras grandes lojas dos maçons estiveram presentes, o que era costume na época, e incluíam a Grande Loja de Colônia, Straßburg, Viena, Zurique e Magdeburg. A Grande Loja Mãe de Colônia, com o seu grande mestre era considerada a principal Grande Loja da Europa. Após a invenção da imprensa, os maçons (Steinmetzen) da Alemanha, reuniram-se em Ratisbona em 1464 e imprimiram as primeiras Regras e Estatutos da Fraternidade de Cortadores de Pedra de Straßburg (Ordnung der Steinmetzen). Estes regulamentos foram aprovados e sancionados pelos Imperadores sucessivos, tais como Carlos V e Ferdinando. O monge alemão Martinho Lutero e seu protesto contra as injustiças e hipocrisias da Igreja Católica em 1517 deram origem ao protestantismo. Isto liberalizou algumas das lojas maçônicas da época. A Catedral de Straßburg tornou-se Luterana em 1525 e muitas outras a seguiram. Em 1563, os Decretos e Artigos da Fraternidade de Canteiros foram renovados na Loja Mãe em Straßburg no dia de S. Miguel. Estes regulamentos demonstram três elos importantes com a Maçonaria moderna. Em primeiro lugar, os aprendizes eram chamados de “livres” na conclusão do serviço a seu Mestre, o que sem dúvida é a origem da palavra Freemason ou “franco-maçom”. Em segundo lugar, a natureza fraternal da loja era retratada em uma série de regulamentações, tais como o atendimento aos doentes, ou a prática de ensinar um irmão sem cobrar, nos termos do artigo 14. Em terceiro lugar, os maçons utilizavam um aperto de mão secreto como meio de identificação. Dois artigos do regulamento indicando estes pontos são: “Nenhum Mestre ensinará um companheiro por dinheiro. XIV. E nenhum artesão ou mestre aceitará dinheiro de um colega para mostrar ou ensinar-lhe qualquer coisa relacionada com maçonaria. Da mesma forma, nenhum vigilante ou companheiro mostrará ou instruirá qualquer um por dinheiro a talhar, conforme dito acima. Se, no entanto, alguém desejar instruir ou ensinar outro, ele pode muito bem fazê-lo, uma mão lavando a outra, ou por companheirismo, ou para assim servir ao seu mestre. LIV. Em primeiro lugar, cada aprendiz quando tiver servido o seu tempo, e for declarado livre, prometerá à ordem, pela verdade e sua honra, ao invés de juramento, sob pena de perder o seu direito à prática da maçonaria, que ele não divulgará ou comunicará o aperto de mão e a saudação de pedreiro a ninguém, exceto àquele a quem ele pode justamente comunicá-las, e também que ele não escreverá coisa alguma sobre isso” [iii]. As regras de Straßburg estipulavam que a entrada na Fraternidade era por livre vontade e indicava claramente os três graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre na fraternidade maçônica alemã. Elas exigiram que se fizesse um juramento e que os pedreiros se reunissem em grupos chamados ‘Kappitel’ (Capítulo). As regras instruíam os maçons não ensinar Maçonaria a não-maçons. Está claro que as lojas ou grandes lojas maçônicas alemãs existiam antes da formação da Grande Loja de Inglaterra em 1717. Assim como o uso de apertos de mão secretos, o uso do termo “livre” e sua aceitação de não-operativos. O uso de alegoria e simbolismo em camadas, que torna exclusivo o sistema maçônico fraternal, também era evidente nas lojas alemãs da época, conforme mostrado nas esculturas de pedra e estilos arquitetônicos das igrejas e mosteiros que eles construíram. A partir da página Web http://www.klovekorn.com: O 99º of Freemasonry apóia a teoria de que a semente da Maçonaria moderna, não estava ligada aos Cavaleiros Templários ou à maçonaria inglesa, mas originou-se com as instituições maçônicas da Alemanha, que por sua vez, tinham recebido os seus conhecimentos maçônicos de organizações maçônica mais antigas. Esta afirmação é suportada através de sete pontos principais de prova. Que o Manuscrito Régio, o mais antigo texto maçônico (reconhecido) sobrevivente na Grã-Bretanha, faz referência aos quatro mártires coroados, que estão inequivocamente relacionados com a lenda dos maçons sob o Sacro Império Romano de Nação Germânica, uma tradição maçônica que teve origem na Alemanha e não na Grã-Bretanha. A existência e o mais antigo uso registrado do esquadro e compasso ( sinal fraternal da Maçonaria) nas Armas dos Corpos Maçônicos Alemães. A existência de instituições maçônicas altamente organizadas (Steinmetzen) na Alemanha no século 13, tais como a Grande Loja (Oberhütte) de Straßburg e Köln, e diversas lojas maçônicas subordinadas, que não só trabalhavam em pedra, mas também incluíam ensinamentos alegóricos maçônicos dentro de suas guildas. A eleição de um Grão-Mestre dos Maçons no século 13 e a criação de graus de aprendizes, companheiros e mestres pedreiros na Alemanha no século 12 e anteriormente. O estabelecimento de Estatutos e Regras impressos da Ordem Maçônica na Alemanha antes da criação de estatutos maçônicos escritos na Grã-Bretanha. A inclusão de membros não-operativos (ou especulativos), tais como o Rei Rodolfo I em lojas maçônicas na Alemanha no século 13. A primeira exigência em grande escala registrada de que lojas maçônicas utilizassem um método secreto de saudação e de ‘aperto de mão’. O 99º of Freemasonry também analisa o uso do compasso e esquadro como símbolos alegóricos morais de maçonaria em obras de arte dentro da cultura alemã do período, mais uma prova da filosofia maçônica dentro da cultura alemã e da Europa continental neste período. Embora muitos maçons tenham sido condicionados a aceitar que as origens da Maçonaria partem da Inglaterra ou da Escócia, pois as grandes organizações maçônicas modernas atuais estão profundamente interligadas dentro desta área geográfica, o 99º of Freemasonry lança nova luz sobre a história maçônica, e insta, se não inspira os leitores a olhar para o continente europeu como a grande semente da Maçonaria. [I] Rebold, Emmanuel & Fletcher, Brennan J (Ed), História Geral da Maçonaria na Europa – com base em documentos antigos relativos a, e monumentos erguidos por esta fraternidade, desde a sua fundação no ano 715 aC até o presente momento, Cincinnati, publicado pela Geo. B Fessenden 1867, reimpressão por Kessinger Publishing EUA. [Ii] Naudon, Paul, A História Secreta da Maçonaria – Suas Origens e Conexões com os Cavaleiros Templários. EUA. Traduzido por Jon Graham. Inner Traditions, Rochester, Vermont, Copyright 1991 de Editions Dervey, Tradução para Inglês- copyright 2005 por Inner Traditions International. Originalmente publicado em francês sob o título “Les origins de la Franc-Maçonnerie, Le sacre le métier, Paris. ISBN 1-59477-028-X, pag 6. pag 174. [Iii] Gould, Robert Freke, A História da Maçonaria, suas antiguidades, símbolos,Constituições, Costumes, etc. Volume 1 T.C. & E. C. Jack, Grange Publishing Works, Edinburgh, pag. 122. Publicado originalmente em (http://www.freemasons-freemasonry.com/freemasons_history_germany.html). Fonte: BIBLIOT3CA REVISTA TEXTO & TEXTS EDITOR-CHEFE J.FILARDO. Acesso em https://bibliot3ca.wordpress.com/a-verdadeira-primeira-grande-loja/

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

BLOG MAÇONARIA TUPIQUINIQUIM

Reconhecimento de Obediência Maçônica Não é Permanente. O assunto reconhecimento já está batido e encerrado em nossas fileiras. Porém, sempre tem irmãos querendo se valer deste quesito para diminuir ou invalidar a qualidade ou a condição de outrem.
Imagens retiradas dos sites oficiais da COMAB, UGLE, CMSB, do GOIRJ e GOB. Acessos em 2016. O engraçado é que séculos antes da fundação da Grande Loja de Londres, já existiam outras grandes lojas e dezenas de Lojas Independentes e regulares. No Brasil, também não podemos esquecer que o GOB já perdeu seu reconhecimento em desfavor do Grande Oriente dos Beneditinos, e em um dos seus boletins considerou esse ato como Antimaçônico e que beneficiaram uma “Instituição menos aceitável”, ainda neste boletim declarou que não cabe a nenhuma nacionalidade o privilegio de melhor compreender e exercitar a moral e que os ritos maçônicos são conquistas de estudo e boa vontade. Curioso, não? Para saber mais sobre O Grande Oriente dos Beneditinos e a perda de reconhecimento do GOB acesse: http://maconaria-tupiniquim.webnode.com/news/um-passeio-pela-historia-da-maconaria-no-brasil-parte-8-grande-oriente-dos-beneditinos/ (Um Passeio pela História da Maçonaria no Brasil. (Parte 8) – Grande Oriente dos Beneditinos). A Grande Loja Nacional Francesa vive nessa de perder e ganhar o reconhecimento internacional. Outro caso recente foram as perdas do reconhecimento das Grandes Lojas da Geórgia do Tennessee em relação a outras obediências. Não me surpreenderia se os defensores do reconhecimento não conhecessem os fatos descritos acima. Em regra, os mais preocupados com isso, pouco conhecem nossa história ou simbolismo. Após os apontamentos feitos por este articulista (Homenagem ao Irmão Joaquim da Silva Pires), chego à conclusão que o dito “reconhecimento” não é algo perene, ou seja, é algo que pode mudar. Diferente dos nossos ensinamentos, onde a busca pela verdade é um dos pilares, logo, acredito que ao invés de nos preocuparmos com algo tão volátil seria muito mais saudável e produtivo para nossa Ordem ter Bons Maçons que estudam, pesquisam, são verdadeiros e praticam o bem. O resto é conversa fiada! Fonte: MAÇONARIA TUPINIQUIM. Leia mais: http://maconaria-tupiniquim.webnode.com/blog/

SIMPÓSIO DE CULTURA MAÇÔNICA DA ARLS UNIÃO BARÃO DO PILAR Nº21

I Simpósio de Cultura Maçônica da ARLS União Barão do Pilar nº21, que será realizado no dia 23 de setembro. O evento será realizado na UFRJ (Cidade Universitária), em uma parceria onde estaremos utilizando as instalações e a infraestrutura do local. Entretanto, será restrito a maçons membros do GOB, GORJ ou Grande Lojas. Nesta oportunidade, estaremos trazendo ao público presente, duas palestras sobre história da maçonaria que serão apresentadas pelos irmãos e escritores, Luciano Rodrigues e Cloves Gregorio. Segue programação: Palestra 1: Palestrante – Luciano R. Rodrigues. Tema – Dos canteiros medievais aos templos atuais. Alguns assuntos abordados: - Old Charges - Construtores da antiguidade - Maçonaria Operativa - Aceitos e Especulativos - Casa Stuart x Casa Hanover (Católicos x Protestantes) - Formação da Grande Loja de Londres (Modernos) - Formação da Grande Loja da Escócia e Irlanda - Grande Loja dos Antigos - União de 1813 (Criação da Grande Loja Unida da Inglaterra) - Criação do Ritual Emulação - Entre outros. Palestra 2: Palestrante – Cloves Gregorio Chaves Filho. Tema – Passeando pela história da maçonaria no Brasil. Alguns assuntos abordados: - Inconfidência Mineira - Primeiras Lojas Maçônicas no Brasil - Confederação do Equador - Independência do Brasil - Grande Oriente do Brasil - Grande Oriente do Passeio - Grande Oriente dos Beneditinos - Libertação dos Escravos - Proclamação da República - Entre outros. Observações Importantes: - As inscrições somente serão realizadas por e-mail para contato@arlsuniaobaraodopilar.com.br - As vagas são limitadas a capacidade do local (80 vagas) - Não haverá inscrição no dia do evento, só estará liberada a entrada para quem estiver com o nome na lista de inscrição. - O valor da entrada é de apenas R$10,00, para custear o coffee break que será oferecido no intervalo entre as palestras. - Haverá estacionamento disponível, sem custo. - Não será uma reunião ritualística, portanto não há a necessidade de trajes maçônicos. Em caso de dúvidas, nos envie um e-mail que responderemos o mais breve possível. Fonte: Grande Oriente do Rio de Janeiro. Acesso em